Um dos principais desafios dos médicos é engajar os pacientes em todo o processo de cuidado em saúde, e além disso, conseguir criar um relacionamento duradouro com eles.
Alguns estudos consideram que os pacientes engajados são mais saudáveis. Por isso, é importante focar em cada detalhe da jornada deles, antes, durante e depois da consulta. É preciso envolver os pacientes como parceiros e promotores da sua própria recuperação!
Para te ajudar, apresentamos 5 formas de melhorar o engajamento do seu paciente. Continue lendo!
I. Faça uma boa abertura da consulta
Tudo começa antes da consulta, na preparação! Toda vez que você vai comunicar algo para alguém, procure criar uma segmentação em quatro níveis: o nível 4 é de pessoas que nunca ouviram falar da solução que você propõe e o nível 1 envolve as pessoas que já fizeram ou gostariam muito de fazer, já leram e/ou conversaram com alguém sobre o procedimento, etc.
Quem se comunica melhor é quem segmenta o paciente e, antes dele entrar no consultório, sabe com quem vai falar. Você vai atender uma pessoa altamente engajada ou alguém que nem sabe do que se trata o assunto a ser abordado? Ter essa resposta faz toda diferença na abertura da consulta.
Além disso, os primeiros 90 segundos da interação com alguém são vitais. Existem várias formas de você abrir uma consulta. A melhor dica que podemos passar é: olhe nos olhos, sorria e tenha uma atitude positiva, isso abre caminhos para inúmeras possibilidades.
II. Use escuta atenta para coletar a história do seu paciente
É muito importante oferecer um atendimento humanizado, centrado na pessoa e não na doença ou problema de saúde. Assim, invista em identificar os problemas reais do paciente!
Mais do que ouvir, é preciso dar realmente mais tempo e atenção durante todo processo de atendimento. Ou seja, é a atenção integral, em que você ouve todas as queixas da pessoa, o que ela está sentindo, além de considerar seu histórico de saúde e estilo de vida. Com essas informações, você pode conduzir o tratamento de uma maneira mais adequada.
Muitas vezes o paciente não verbaliza sua dor real. Então, sempre utilize perguntas abertas para captar com o paciente o que está acontecendo. Atente-se às intenções do paciente e seu objetivo oculto, mais do que o que se faz e diz, tente descobrir qual é o ponto de dor desse indivíduo.
III. Captando a dor do paciente
Depois que você descobre qual é o ponto de dor do paciente, é fundamental fazer duas perguntas: “O que vai acontecer se nada foi feito diferente?” e “E como seria se fosse diferente?”.
Quando você entende realmente quais são as necessidades de seus pacientes, oferece uma melhor experiência por saber do que eles precisam e o que buscam com os seus serviços. Essa é uma atitude fundamental para que os pacientes se sintam engajados em cada etapa de seu tratamento.
IV. Construa rapport durante o atendimento
Nós sempre falamos da importância do rapport durante o atendimento. Lembre-se destes 5 elementos: Contato visual, postura corporal apropriada, expressão facial, gestos, e altura, tonalidade e ritmo da voz.
Rapport é a sensação de que você ouve e está sendo ouvido, a sensação de conexão. Por isso, é preciso ter atenção se o olho no olho e a conexão estão estabelecidos.
O não verbal é muito importante, pois um silêncio breve do médico pode ser um sinal de encorajamento e de rapport. Você não tem que falar a consulta toda, muitas vezes para o rapport se estabelecer é importante explorar o silêncio e dar tempo para a reflexão.
V. Construa um plano terapêutico junto ao seu paciente
Educar o paciente sobre a doença tem como motivo principal construir uma decisão compartilhada. Mas se você não trocar perguntas fechadas pelas perguntas abertas o grau de conclusão é menor.
Para construir esse plano terapêutico junto ao seu paciente, também é necessário que você combine ações claras, diretas e específicas com ele. Assim vocês vão garantir, juntos, um combinado de próximos passos.
Seguindo essas orientações você vai melhorar muito o engajamento do seu paciente! Para te ajudar ainda mais, em nosso próximo artigo vamos ensinar tudo o que você precisa saber sobre soft skills na Medicina. Continue nos acompanhando. Até lá!
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